Alopecia Androgenética
Fisiopatologia:
A alopecia Androgenética é uma forma de perda de cabelo geneticamente predisposta e hormonalmente mediada. A dihidrotestosterona (DHT), um metabólito do hormônio testosterona, é o principal agente etiológico. A DHT liga-se a receptores nos folículos capilares, diminuindo a fase anágena (crescimento) e acelerando a fase telógena (repouso), resultando em afinamento e miniaturização do fio
Prevalência:
Estima-se que aproximadamente 50% dos homens e 25% das mulheres sejam afetados pela alopecia androgenética ao longo da vida. O quadro pode iniciar-se já na adolescência e se agravar com a idade.
Genética e Genes Envolvidos:
A herança da alopecia androgenética é poligênica, o que significa que múltiplos genes estão envolvidos. Os principais genes associados incluem o AR (gene do receptor androgênico) e o gene da enzima 5-alfa-redutase, responsável pela conversão de testosterona em DHT.
Tratamentos Aprovados pela FDA:
Atualmente, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos aprova dois tratamentos farmacológicos principais para alopecia androgenética: o minoxidil tópico e a finasterida oral. O minoxidil age dilatando os vasos sanguíneos e estimulando a fase anágena, enquanto a finasterida inibe a enzima 5-alfa-redutase, reduzindo os níveis de DHT.
Classificação da Calvície:
A escala mais utilizada para classificar a severidade da alopecia androgenética é a Escala de Hamilton-Norwood para homens e a Escala de Ludwig para mulheres. Estas escalas ajudam a determinar o estágio da doença e a orientar o tratamento mais adequado.
Classificação de Hamilton-Norwood
- A Classificação de Hamilton-Norwood é uma escala de sete estágios que descreve a evolução da alopecia androgenética em homens:
- Estágio 1
- Estágio 2
- Estágio 3
- Estágio 4
- Estágio 5
- Estágio 6
- Estágio 7
Genética e Genes Envolvidos:
A alopecia androgenética possui uma complexa herança poligênica, o que significa que múltiplos genes estão envolvidos. Entre os genes mais estudados estão o AR (gene do receptor androgênico) e o gene da enzima 5-alfa-redutase, responsável pela conversão de testosterona em DHT.
Herança Masculina e Feminina:
- Tanto homens quanto mulheres podem herdar a predisposição para alopecia androgenética, embora a expressão clínica da doença seja frequentemente mais severa nos homens. Em mulheres, a condição é também conhecida como “alopecia feminina padrão” e costuma se manifestar de forma menos agressiva, seguindo a escala de Ludwig, que classifica o afinamento e a rarefação capilar principalmente no topo da cabeça.
Herança Materna ou paterna:
- Existe um mito comum de que a alopecia androgenética é herdada exclusivamente pelo lado materno da família. No entanto, estudos genéticos recentes sugerem que tanto os genes maternos quanto paternos podem contribuir para a predisposição à condição. Assim, não está estabelecido definitivamente que a herança seja apenas materna ou paterna, e é mais provável que genes de ambos os pais estejam envolvidos.
Avanços Científicos: Envolvimento do Gene do Receptor Androgênico (AR):
- Um dos avanços mais significativos na pesquisa da alopecia androgenética é o entendimento do papel crucial do gene do Receptor Androgênico (AR). Localizado no cromossomo X, o AR codifica para um receptor de proteínas que interage com andrógenos como a testosterona e a diidrotestosterona (DHT). Variações neste gene têm sido associadas a uma maior susceptibilidade à alopecia androgenética tanto em homens quanto em mulheres.
- Pesquisas recentes estão explorando terapias moleculares que visam a modulação deste receptor, com o objetivo de desenvolver tratamentos mais eficazes e menos invasivos. A identificação deste gene e os avanços nos métodos de modulação do receptor oferecem uma nova esperança para um tratamento mais direcionado e eficaz.
Tratamentos Não Aprovados pela FDA, Mas Disponíveis no Brasil
Soluções Tópicas:
- Saw Palmetto (Serenoa repens): Este extrato natural é usado em soluções tópicas e tem sido estudado por suas propriedades antiandrogênicas, semelhantes à finasterida.
- Alfa estradiol: Um análogo tópico do estradiol, o alfa estradiol é frequentemente usado para retardar a miniaturização do folículo capilar.
Soluções Orais:
- Polivitamínicos: Uma combinação de vitaminas e aminoácidos que visa fortalecer o cabelo e retardar a perda.
- Suplemento de Biotina: Embora não seja um tratamento específico para alopecia, a biotina é frequentemente recomendada para fortalecer os cabelos e unhas.
- Ginkgo Biloba (Ginkgo biloba): Este fitoterápico é conhecido por suas propriedades vasodilatadoras e antioxidantes e tem sido estudado como um potencial tratamento para a alopecia.
Soluções Orais Adicionais:
- Óleo de Peixe (Omega-3): Conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias, o óleo de peixe é por vezes usado na tentativa de combater o processo inflamatório subjacente à alopecia.
- Silício Orgânico: Este suplemento é creditado por fortalecer cabelos, unhas e pele, embora os estudos científicos ainda sejam limitados.
- Zinco: Um mineral essencial para o crescimento do cabelo, o zinco é frequentemente incluído em suplementos orais para fortalecer os cabelos e pode ajudar em casos de deficiência de zinco.
- Licopeno: Este antioxidante, encontrado principalmente em tomates, é utilizado em algumas formulações orais com o intuito de retardar a perda de cabelo ao combater o estresse oxidativo nos folículos capilares.
- Piridoxina (Vitamina B6): Envolvida na saúde geral do cabelo, essa vitamina é frequentemente incluída em multivitamínicos voltados para a saúde capilar.